Foças competitivas
Michael Porter
A natureza e o grau de competição em uma indústria dependem de cinco forças: a ameaça de novos entrantes; o poder de barganha dos consumidores; o poder de barganha dos fornecedores; a ameaça de produtos ou serviços substitutos; e a capacidade de manobra dos competidores. Para estabelecer uma agenda estratégica de como lidar e crescer mesmo com tais forças competitivas, uma empresa precisa entender como elas atuam em sua indústria e como afetam a empresa em sua situação específica. O autor detalha como tais forças operam e sugere meios de se ajustar a elas e, quando possível, tirar proveito delas.
A essência da formulação de uma estratégia é como lidar com a competição, ainda que seja fácil enxergar a competição de modo muito estreito e pessimista. A competição intensa em uma indústria não é coincidência e nem má sorte, embora alguns executivos digam exatamente isso.
Ademais, na luta por participação de mercado, a competição não é somente manifestada nos outros participantes. A competição em uma indústria está, particularmente, enraizada em sua economia subjacente, e existem forças competitivas que se estendem além dos competidores estabelecidos em uma indústria em particular. Clientes, fornecedores, novos entrantes potenciais e produtos substitutos são todos competidores que podem ser mais ou menos proeminentes ou ativos, dependendo da indústria.
O estado de competição em uma indústria depende de cinco forças básicas, as quais são diagramadas na ilustração da página 26. O vigor coletivo dessas forças determina o potencial final de lucro de uma indústria. Ela se estende desde intensa, em indústrias como as de pneus, latas e aço, em que nenhuma empresa obtém retornos espetaculares sobre o investimento, até moderada; em indústrias como as de serviços e equipamentos petrolíferos, refrigerantes e artigos de higiene, em que há espaço para retornos financeiros razoavelmente altos. Na indústria