FOUCAULT
Setores de automóveis, máquinas e alimentos produziram menos.Um dos motivos foi a desvalorização do dólar desde o início do ano.
O ano de 2014 está sendo difícil para a indústria no Brasil. A produção teve uma trajetória descendente: saiu de alta em janeiro para estabilidade em fevereiro e depois queda em março. A redução foi de 0,5% em comparação com o mês anterior.De todos os 24 setores que entram nessa conta, 14 produziram menos em março. Entre eles alguns importantes, como veículos (-2,9%), máquinas (-5,3%) e alimentos (-1,2%). Esses dados foram divulgados na quarta (7) pelo IBGE e preocupa os economistas.A desvalorização do dólar desde o início do ano e medidas do governo argentino reduziram nossas exportações, o que prejudicou o resultado da indústria e não há perspectiva de melhora tão cedo. “O ritmo de atividade continua muito fraco e com expectativas pessimistas para os próximos meses. Então, o cenário que nós temos para a indústria é de um desempenho muito fraco em 2014”, aponta Aloisio Campelo, economista do IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).A boa notícia foi a revisão do crescimento da indústria em 2013: que passou de 1,2% para 2,3%. O motivo foi a atualização dos itens pesquisados pelo IBGE. Alguns setores perderam importância, como o farmacêutico e outros ganharam ainda mais peso, como a produção de automóveis.Alguns produtos saíram da pesquisa, até por que nem são mais produzidos, como o videocassete. Em compensação, os modernos tablets, que são produzidos há alguns anos, em larga escala, finalmente entraram no cálculo da produção da indústria nacional.“Biodiesel, produtos que se adaptam à vida mais moderna, como pratos prontos para limentação, os tablets. Todos esses são produtos que foram incorporados dentro dessa reformulação da pesquisa industrial mensal”, explica André Macedo, gerente da pesquisa. do IBGE .A revisão pode provocar uma mudança