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O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. Estas incapacidades e deformidades podem acarretar alguns problemas, tais como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos. São responsáveis, também, pelo estigma e preconceito contra os portadores da doença.
Por isso, é preciso frisar sempre que a hanseníase é uma doença curável, e quanto mais precocemente diagnosticada e tratada, maiores são as possibilidades de cura sem incapacidades.
Agente etiológico
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar, em média, de 11 a 16 dias.
O Mycobacterium leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade – isto é, infecta muitas pessoas, no entanto, poucas adoecem.
Modo de transmissão
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A doença é transmitida de uma pessoa infectada, que não esteja em tratamento, para uma pessoa não infectada – principalmente através da respiração, pois a principal porta de proliferação do bacilo e de entrada no organismo são as vias aéreas.
Acredita-se que a forma de contágio mais provável é o contato direto e freqüente com pacientes não tratados, mas podem existir outras formas de contágio. A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos. Além das condições individuais, outros fatores relacionados aos níveis de endemia e às condições sócio-econômicas influem nos riscos