Fossas Sépticas
MONTAGEM E OPERAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA
1. INTRODUÇÃO
Este memorial descritivo se destina a orientar a montagem e a operação do sistema de tratamento de efluentes denominado “Fossa Séptica Biodigestora”, tecnologia desenvolvida pela Embrapa Instrumentação com a finalidade de promover o tratamento dos esgotos gerados em residências da zona rural, onde o acesso aos serviços de saneamento básico ainda é bastante deficiente.
2. DESCRIÇÃO
A Fossa Séptica Biodigestora é formada por um conjunto de, no mínimo, 3 caixas d’água de 1000 litros conectadas por tubulações e conexões que promovem o tratamento do esgoto doméstico de uma residência com até 5 pessoas. A primeira caixa é ligada à tubulação do vaso sanitário, recebendo o efluente proveniente das descargas
(fezes e urina). A Fossa não deve receber os efluentes do banheiro e da pia (“água cinza”), pois estes possuem componentes, como sabões e detergentes, que podem prejudicar o processo de tratamento.
O princípio do funcionamento da Fossa é a realização da estabilização do esgoto sanitário por bactérias anaeróbias que, na ausência de oxigênio, promovem a transformação dos compostos orgânicos presentes no efluente em produtos mais simples, como metano e gás carbônico. Para a ocorrência da biogestão anaeróbia, portanto, deve ser impedida a entrada de ar no sistema, o que é conseguido por meio da
completa vedação da tampa das caixas. Para manter o isolamento térmico do sistema, evitando a ocorrência de grandes variações de temperatura, o que prejudicaria o crescimento das bactérias, as caixas devem ser enterradas no solo. Devido ao efeito da temperatura e da ação predatória de outros microrganismos, os coliformes são eficientemente eliminados ao longo do processo de tratamento, gerando um efluente com baixos valores de contaminação microbiológica.
A primeira caixa do sistema é denominada “módulo de fermentação”, sendo destinada à biodigestão anaeróbia do