FORMAÇÃO DOS SOLOS A maioria das rochas se forma em profundidade, em ambientes diferentes dos que existem na superfície terrestre. Ao ficarem expostas à atmosfera e à hidrosfera, adaptam-se ao novo ambiente transformando-se. As transformações que as rochas sofrem nesse ambiente são chamadas de INTEMPERISMO. O intemperismo ocorre em qualquer ambiente onde exista água e ar. Existem dois tipos de intemperismo, o físico e o químico. O intemperismo físico age sobre as rochas fragmentando-as sem alterar sua composição química; o intemperismo químico decompõe as rochas pela alteração química dos minerais que as constituem. Embora ambos os processos atuem simultaneamente, vamos estudar um processo de cada vez. O aquecimento e o resfriamento continuo das rochas, provoca sua fragmentação, formando pequenas fissuras. A dilatação da água ao se congelar nas fendas das rochas também é responsável pela fragmentação das rochas. Raízes de plantas atuam como cunhas, aumentando o tamanho das fissuras. O rompimento de grandes rochas em blocos menores expõe novas superfícies, apressando o intemperismo químico. Os processos químicos de intemperismo atacam determinados minerais da rocha mais rapidamente do que outros, resultando na formação de cavidades e fendas. A decomposição química da rocha depende em grande parte da ação da água. Devido a sua natureza dipolar, a molécula de água tem grande capacidade de remover íons dos minerais da rocha. Dessa forma a água é um ótimo solvente, dissolvendo materiais da rocha. Substâncias que se dissolvem na água podem aumentar seu poder de dissolução, como a presença de CO2, ou podem alterar quimicamente a rocha por deposição de uma nova substância. O oxigênio ao se dissolver na água pode se combinar com o ferro desprendido de algum mineral e formar manchas de ferrugem nas rochas. As colorações amarela ou vermelha nas rochas expostas indica muito oxigênio na água, formando muito óxido de ferro. Pouco oxigênio determina uma coloração cinza azulada.