FORMAÇÃO DOS SOLOS
EROSÃO, TRANSPORTE E SEDIMENTAÇÃO: PROCESSOS INTER-RELACIONADOS E QUE ESTÃO NA ORIGEM DOS DEPÓSITOS
DE SEDIMENTOS DA REGIÃO OCEÂNICA
ARTIGO 6
Pelo Geólogo Josué Barroso
Os processos relacionados no título deste artigo participam fortemente na modelagem do relevo, desgastando picos e linhas de cumeada, aprofundando drenagens e produzindo grandes volumes de materiais particulados e em solução, cujos destinos temporários são as encostas, cursos de rios e suas bacias de inundação, lagos e lagunas. O oceano constitui-se no receptor final desses sedimentos. (Figuras 1 e 2). Os depósitos das encostas, das baixadas aluvionares, das lagunas, dos pântanos, das restingas e das praias da Região
Oceânica teem nos desgastes dos seus morros e serras a fonte primária dos sedimentos que lhe deram origem.
Figura 1 – Esquema simulando a existência de um relevo jovem, mantendo picos e arestas ainda não desgastados pelos processos geológicos superficiais
Figura 2 – Esquema simulando a evolução do relevo da Figura 1, alguns milhões de anos após, em que picos e arestas foram desgastados, resultando em formas mais arredondadas, vertentes menos íngremes, depósitos ao longo das encostas e, nas baixadas, ao longo dos cursos dos rios. Os solos da classificação pedológica são mais espessos e desenvolvidos.
Na descrição de um perfil típico de solo, na Região Oceânica, apresentada na legenda da foto 5, do artigo 3, foi enfatizada a participação fundamental do intemperismo (processo degradativo das rochas) na formação daquele perfil.
Como foi descrito naquela oportunidade, os horizontes A e B foram constituídos a partir de sedimentos depositados ao longo da encosta, em estágios quaisquer de alteração. A partir daí, tais depósitos sofreram novos processos de alteração, em que a matéria orgânica, depositada no horizonte A, e o húmus produzido por organismos tiveram participação decisiva na formação dos horizontes A e B. Definindo