formação do professor
A formação inicial
As professoras mais antigas, como Camélia e Isa5, completaram suas formações iniciais em nível secundário, em escolas técnicas, com caráter de terminalidade, ou em liceus, que permitiam o acesso aos cursos superiores. As mais novas já as fizeram em nível superior, por meio de licenciaturas nos institutos politécnicos.
Sem mostrar qualquer contrariedade por não ter feito um curso voltado para Artes Plásticas, sua opção preferencial naquele momento, Isa conta que concluíra o curso de magistério por não poder mudar-se de cidade, completando, de forma saborosamente enfática, " e gostei!".
Camélia, que completara o liceu, chegou a iniciar curso superior de Direito, tendo desistido ao término das primeiras disciplinas cursadas; "achei muito pobre", disse e, depois de comentar alguns dos conteúdos estudados, completou: "não me aliciou".
Tempos depois, induzidas pelas novas legislações que favoreciam os portadores de diplomas de licenciaturas, cada qual formalizou sua titulação em nível superior. Isa iniciou seu processo na Universidade do Minho, interrompendo-o por razões de ordens econômicas, completando-o, posteriormente, mediante o curso da Universidade Aberta. Sem qualquer constrangimento, reconhece que uma motivação forte fora o fato que "o acesso ao topo da carreira só é (era) dado aos licenciados". Camélia, que havia desistido do curso de Direito, já no exercício da função docente, terminou sua licenciatura na área da Gestão Escolar.
As mais novas, Lia e Zabela, titularam-se, respectivamente, no Instituto Politécnico de Lisboa e no Instituto Politécnico de Bragança, completando suas licenciaturas, o que, naquele momento, se constituía em exigência para a habilitação ao exercício da docência em escolas do 1º ciclo.
Instadas a falar sobre esses cursos, mesmo fazendo alguns reparos, reconhecem-nos como relevantes e consideram que lhes haviam dado