Formação de Professores
Para relatar a organização da proposta de trabalho, tomamos como base o texto de Andrade (2011). Partindo dos espaços discursivos definidos pela autora, buscamos entender e alinhar esse subsídio organizando o desenvolvimento das atividades realizadas com as crianças na hora do conto.
A voz do aluno (coletiva) – discussão da história contada pela professora na roda de conversas. Trabalhar vivências e conhecimentos que as crianças trazem comparando com a história. Expor contribuições ditas pelas crianças. Espaço de liberdade de se falar o que entendeu, comparar com o conhecimento e experiências que traz. Neste momento, cada criança tem vez e voz, tendo o professor como escriba.
A escrita espontânea (individual) – Construir a postura do escritor. Este momento é de construção individual amparada pelo professor. Cada criança elabora desenhos, demonstrando sua compreensão do texto.
A negociação dos sentidos (coletiva) – A fala da criança neste momento é trabalhada no grupo, espaço de exploração e discussão coletiva. Este momento dá a todos a oportunidade de falar. São feitas as comparações do texto recontado pelas crianças no primeiro momento e através dos desenhos individuais para a escolha das falas que serão utilizadas no livro produzido pela turma.
A refacção (individual) – Neste momento, o professor administra o processo que é individual. É a fase da construção dos desenhos que ilustrarão as falas das crianças. Esta etapa de construção dos desenhos é momento de liberdade de criação, amparada pela professora que se dispõe a ouvir e contribuir nas produções.
Segundo Freire (2002), “é preciso que percebam que estamos fazendo com os objetos desenhados uma escrita antes daquela em que usaremos as palavras. E que já estão lendo!” Esta etapa é também de elaboração do projeto gráfico.
A publicação (coletiva) – Releitura e publicação do texto produzido (as falas das crianças são digitadas e