Formação de impressão
Publicado 3 de ago de 2010
Escrito por André Rabelo
[pic]Comumente criamos impressões das pessoas com quem interagimos de forma espontânea, automática, rápida, inconsciente e com mínimo esforço cognitivo (Olivola e Todorov, 2010; Ballew e Todorov, 2007; Carlston e Skowronski, 2005), levando em consideração muitas vezes a primeira coisa que vemos nelas (Hassin e Trope, 2000) , por mais que não seja uma característica importante para fazer o julgamento.
Realizar tal inferência tem a vantagem de rapidamente nos fornecer informações relevantes para saber como interagir e o que esperar das outras pessoas. Apesar da informação inicial servir como parâmetro para avaliar posteriores informações adicionais, a impressão pode ser radicalmente mudada.
[pic]Do ponto de vista evolutivo, foi uma característica extremamente adaptativa para a nossa espécie detectar rapidamente ameaças ou oportunidades proporcionadas por outras pessoas, tendo em vista seu grande valor reprodutivo. Evidência disso é o achado de um estudo em que participantes perceberam mais rapidamente e com precisão faces masculinas como bravas e faces femininas como felizes (Becker, Kenrick, Neuberg, Blackwell e Smith, 2007).
Muitos estudos indicam que essas impressões têm um importante impacto nas decisões que as pessoas tomam em importantes domínios como na escolha de parceiros sexuais, na política, nos negócios, na ciência forense e no exército (Olivola e Todorov, 2010). Mas até que ponto essas inferências são eficientes?
As primeiras impressões são muito precisas levando em consideração as poucas informações nas quais elas se baseiam (Vannestem, Verplaeste, Van Hiel. e Braeckman, 2007). Porém a utilização das informações erradas aliadas a um pensamento enviesado pode ter consequências negativas em várias situações, como quando uma mulher pensa ter encontrado o amor de sua vida e ele na verdade só estar interessado em roubar o seu dinheiro.
Frequentemente nós não temos consciência