Formação de gêmeos
O estudo de gêmeos cresceu muito e passou a constituir uma especialidade, geralmente denominada Gemelologia (do latim, gemellus = gêmeo; logus = estudo). Ela é, também, chamada de Didimologia por alguns autores de língua inglesa, mas esse termo tem pouca adesão, talvez porque, em grego, dídimos é usado, indiferentemente, com o significado de gêmeos e de testículos. Até o presente, o objetivo da maior parte dos trabalhos de pesquisa a respeito de gêmeos continua sendo o estabelecido por Galton. Menor número de pesquisadores dedicaram-se ao estudo da própria natureza dos nascimentos gemelares, isto é, à biologia da gemelaridade, trazendo, desse modo, contribuições importantes inclusive para acompreensão da biologia da reprodução humana.
Chama-se gêmeos dois ou mais irmãos que nascem num nascimento múltiplo, ou seja, de uma mesma gestação da mãe, podendo ser idênticos ou não. Por extensão, as crianças nascidas de partos triplos, quádruplos ou mais também são chamados de gêmeos. Segundo Benirschke (1994), cerca de 30% dos pares MZ se originam da separação dos blastômeros num período muito precoce, isto é, até o terceiro dia após a fecundação, quando o zigoto segmentado ainda está no estado de mórula. Em conseqüência disso, formam-se dois blastocistos e os gêmeos resultantes mostrarão, ao nascer, dois córions, dois âmnios (diamnióticos dicoriônicos) e, dependendo da proximidade dos locais em que estavam implantados no útero, duas placentas bem separadas ou unidas (Fig. 7.1- 1)
Apesar de não haver uma estatística precisa, estima-se que uma em cada 85 gravidezes é gemelar. Existem duas maneiras de nascerem irmãos gêmeos.
Temos dois tipos básicos de Gêmeos (Univitelinos e os Bivitelinos, também gêmeos chamados fraternos).
Gêmeos Monozigóticos ou Univitelinos
Um tipo de gêmeos, os pares monozigóticos (MZ), é formado no período entre um e 14 dias depois da fertilização, quando um único zigoto sofre desenvolvimento irregular, dando origem a dois indivíduos