Fordlândia e Belterra
Fordlândia e Belterra
A Amazônia ganhou notoriedade e importância geopolítica no final do século XIX por causa do látex das Seringueiras, espécie de árvore típica daqui e que era a principal matéria prima para a borracha. Por conta disso, o americano Henry Ford investiu bastante na região para produzir esta importante matéria prima que era utilizada em diversas peças de seus carros.
No começo do século XX, as linhas de produção de Henry Ford construíam carros a uma velocidade jamais vista. Todos aqueles carros precisavam de pneus, e na época a borracha ainda era derivada das seringueiras do Sudeste Asiático. Para manter a eficiência de sua produção sem depender dos asiáticos, Ford decidiu ter sua própria produção de látex, e para isso construiu uma cidade tipicamente americana em plena Amazônia, batizada de Fordlândia.
A história de Fordlândia começou em 1927, quando Henry Ford adquiriu um terreno de quase 15.000 km² às margens do Rio Tapajós, no Pará. Anos antes, o departamento de comércio dos EUA haviam feito um estudo de viabilidade de cultivo de seringueiras no Brasil com resultados positivos.
Assim, Ford fundou a Fordlândia e depois, procurando um local para ampliar seus negócios numa região mais próxima do rio Amazonas, ele fundou Belterra.
O local é suficientemente próximo do rio Tapajós e Amazonas, fica numa região plana, mas um pouco mais elevada e lá havia um grande potencial para produção da borracha.
Em 1934, Ford trouxe dos Estados Unidos todo o material utilizado na construção das casas e a mão de obra especializada para a construção e também para a plantação e manutenção dos seringais. Os brasileiros serviram de mão de obra para executar os serviços. Assim, construíram uma vila com casas e ruas totalmente no estilo arquitetônico dos Estados Unidos, construíram também um hospital e outros edifícios,