Seringueiros

APOGEU DO LÁTEX NO OESTE DO PARÁ

RESUMO
Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia revelou-se de imediato muito lucrativo, com ênfase maior no fim do século XIX. Este trabalho de pesquisa teve por objetivo investigar a importância dos seringueiros e influência das atividades da Companhia Ford no processo de ocupação e exploração da borracha no Oeste do Pará. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa descritiva bibliográfica e documental, pois foram realizadas entrevistas com um ex-soldados da borracha e viúva de seringueiro, além de terem sido utilizados documentos do Museu do Seringueiro de Belterra, artigos científicos e livros. Desta forma, percebeu-se que a principal fonte de migração foi a de nordestinos. A indústria automobilística nos EUA no final do século XIX e início do século XX, sentiu a necessidade de produzir sua própria matéria prima, devido ao monopólio asiático. Com a economia em declínio da economia na Amazônia, o governador do Estado do Pará concede terras devolutas à Ford Motor Company, em 1926 foi assinado os tratados de concessão de terras entre o governo do Pará e Companhia Ford, ao qual obteve em torno de 1 milhão de hectares de terras compreendia, nas chamadas hoje Fordlândia e Belterra. Com fome e com frio, os seringueiros fugindo do caos dos antigos seringais, após o primeiro declínio da borracha, viram na implantação da Companhia Ford Industrial do Brasil a esperança da saída da crise. Pois as ofertas e vantagens oferecidas pela companhia jamais foram vista antes na Amazônia, assim teriam a implantação de escolas, transportes, sistemas de comunicação, hospitais e lazer. Em contra partida para a Companhia a mão-de-obra era barata, fertilidade do solo em abundância, fácil acesso de navios de grande porte, além da posse da maior área de produção gomífera do mundo. Desta forma, foram instalados vários locais