Fordismo
As transformações que ocorreram no capitalismo no século XX, foram de uma importância sentida até os dias de hoje. Inicialmente pensando na análise que David Harvey elabora, voltamos a Marx pra encontrar a interconexão necessária entre as bases e as superestruturas, e a influência e o diálogo existentes entre economia, política, cultura, religião e outras esferas sociais.
Entretanto, o sistema capitalista é altamente dinâmico, e por isso incorpora hábitos, práticas políticas e culturas as mais diversas. Como Marx já dizia, que o capitalismo é um sistema cuja propensão à crise é intrínseca. Harvey enumera alguns problemas do sistema capitalista, dentre os quais o mercado de fixação de preços ser caótico – a mão invisível de Adam Smith nunca funcionou perfeitamente. Normalmente, a regulamentação e intervenção do Estado surgem pra consertar as falhas do mercado, evitar concentração de poder e fornecer bens coletivos que o mercado não oferece.
Em resumo, Harvey vai dizer que as pressões coletivas exercidas pelo Estado e por outras instituições sociais somadas ao poder e domínio das grandes corporações afetam a dinâmica do capitalismo. Outro problema visto por Harvey encontra-se no controle social das capacidades físicas e mentais ditado pelo sistema na socialização do trabalhador nas condições de produção capitalista.
Teorizando a transição
Baseando-se na teoria de Marx, David Harvey chama a atenção para três características do modo capitalista de produção:
O sistema capitalista é orientado para o crescimento. Uma taxa equilibrada de crescimento é essencial para a saúde deste sistema, pois somente através do crescimento os lucros podem sem garantidos e a acumulação de capital sustentada. Sendo assim, o capitalismo precisa preparar o terreno para tal crescimento, pouco importando as consequências sociais, políticas, geopolíticas ou ecológicas que podem ocorrer.
O crescimento se apoia na exploração do trabalho vivo, ou seja, sempre se baseia na