Fordismo
Os métodos de produção e a forma de organização do trabalho sofreram alterações significativas com a transição da produção manual para a produção de massa, notadamente na indústria automobilística. No final do século XIX Henry Ford implantou os conceitos de intercambialidade de partes e simplicidade de montagem, permitindo reduzir drasticamente os custos e melhorar a qualidade do produto. O foco do trabalhador passa a ser na execução de determinada tarefa. Nos anos 50 e a partir dos teorias que consideravam as necessidades das pessoas e sua integração nas organizações através de funções mais enriquecedoras, desenvolve-se o conceito da produção flexível, especificamente na fábrica da Toyota no Japão. Foram implementadas uma série de inovações que otimizaram as modificações nas características dos produtos possibilitando a fabricação de pequenos lotes de peças diferentes com baixo custo. A motivação dos trabalhadores foi potencializada com a adoção de um novo modelo na relação capital x trabalho. O modelo alcançou o relacionamento com fornecedores, gestão de estoques (just in time) e a inserção das necessidades do mercado consumidor. A terceira abordagem feita pelo autor refere-se a empresa sueca Volvo, que adotou conceitos de flexibilidade funcional na organização do trabalho com elevados níveis de automação e informatização. Outra característica relevante do modelo é a preocupação com os trabalhadores traduzida por fatores de ambiência física adequadas (baixo nível de ruído, ergonomia etc.) e participação dos sindicatos nas definições estratégicas com impactos nos trabalhadores. Acrescenta-se o alto nível de investimento em capacitação. O modelo descrito permitiu a montagem de um carro completo num ciclo de duas horas.
O artigo tem por objetivo investigar três abordagens, considerando os seus momentos históricos no decorrer do século XX, de métodos de produção na