FUNDAÇÕES II
1) CURVA CARGA-RECALQUE
À medida que o carregamento atua, o sistema solo-estaca reage mobilizando resistência, e restabelecendo a condição de equilíbrio.
Para um determinado valor de carga aplicada, é mobilizada a máxima resistência do conjunto solo-estaca, denominada capacidade de carga da estaca (Vrup).
Portanto, a estaca deve ter uma carga admissível (carga de trabalho) inferior à sua capacidade de carga (Vadm < Vrup).
2) PARCELAS DE RESISTÊNCIA
2.1. Tipos
Resistência Lateral (Rl): parcela decorrente do atrito e/ou aderência entre a área lateral da estaca e o solo circundante.
Resistência por Ponta (Rp): parcela decorrente da transferência de carga através da base ou ponta da estaca.
Capacidade de Carga da Estaca (Vrup): soma das parcelas de resistência lateral e de ponta da estaca.
2.2. Mobilização das Resistências
Resistência por Atrito Lateral (Rl): é totalmente mobilizada para pequenos recalques (da ordem de 1% do diâmetro da estaca).
Resistência por Ponta (Rp): só é totalmente mobilizada para recalques da ordem de 10 a 30 % do diâmetro da estaca.
Portanto, para a condição de trabalho, a resistência por ponta praticamente só começa a ser mobilizada após a completa mobilização da resistência por atrito lateral.
2.3. Classificação das Estacas
Estaca de Ponta: apresenta apenas resistência por ponta (Rl =0 .: Vrup = Rp).
Estaca Flutuante: apresenta apenas resistência por atrito lateral (Rp =0 .: Vrup = Rl).
3) ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA
3.1. Tipos de Métodos
Métodos Teóricos
Baseados na teoria da capacidade de carga proposta por Terzaghi.
São necessários vários parâmetros geotécnicos, que podem ser obtidos através de ensaios de laboratório e de campo.
Pouco usados na prática rotineira.
Segundo Velloso e Lopes (2002), as primeiras fórmulas teóricas foram desenvolvidas no início do século XIX. Serão apresentadas inicialmente as