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O título Nós que aqui estamos, por vós esperamos, foi inspirado na frase existente no letreiro de um cemitério brasileiro e vem de encontro com a mensagem embutida durante o filme, de que a morte é inevitável, mas o que vale são os feitos durante a vida. Esses foram relembrados por Masagão em quase uma hora de retratos, cenas e imagens, envolvendo homens e mulheres comuns quanto ilustres, que fizeram história durante o século XX. O diretor resume sua obra com a seguinte frase: “ O historiador é o rei. Freud, a rainha. Pequenas histórias. Grandes personagens do breve século XX.”
O documentário não segue uma ordem cronológica de acontecimentos, nem possui atores ou narrador. O diretor quis seguir um roteiro por grupos de importância, apresentando frases de impacto com imagens igualmente impactantes. Nos primeiros minutos, Masagão apresenta estudiosos como Freud com sua psicanálise, e Einstein com sua física; apresenta também algumas mudanças e descobertas do século como a máquina fotográfica, a industrialização, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o metrô, o telefone. Algumas das frases que ilustram este cenário: “O balé já não era clássico. A cidade já não cheirava a cavalo. Pelo túnel, o metrô. Pelo fio preto, a fala”. Outra citação: “Garotas trocavam o corpete, pela máquina de escrever” e ainda: “os quadros já eram Picasso. Os sonhos já eram interpretados”.
Posteriormente Masagão traça a história de homens comuns, ao mesmo tempo que vai mostrando a evolução dos acontecimentos, como por exemplo, Alex Anderson, trabalhava na empresa Ford, ajudou a produzir milhares deles, mas nunca teve seu carro. Morreu de gripe espanhola. Conta nesta brecha o cineasta, que o tempo de produção de um automóvel que antes era de 14h passou para 1h 33 min. Salientou que os