Fordismo

Entre diversas outras teorias, o fordismo, conjunto de técnicas e normas elaboradas pelo norte-americano Henry Ford, destacou-se pela maximização da eficiência dos procedimentos fabris a partir da década de 1920 ao introduzir e consolidar o conceito de produção serializada em mercados estritamente homogeneizados. No entanto, as duas crises do petróleo e o advento de novas tecnologias na área da microeletrônica e da informação durante a década de 1970 contribuíram diretamente para que a hegemonia do modelo fordista ruísse. A partir de então, as corporações teriam que admitir formas mais flexíveis de produção e investir continuamente em pesquisas tecnocientíficas para elaboração constante de novos produtos, ou o avanço dos já existentes. A teoria de Ford foi responsável pela eficiência econômica das fábricas por pelo menos meio século. Esse modelo de produção, conhecido como fordismo, exigia duas operações básicas: verticalização e especialização. A primeira estipulava que a fábrica orientasse seu crescimento de acordo com sua atividade principal, buscando a auto-suficiência. Para tanto, admitia-se inclusive a implantação de sistemas de transporte e de geração de energia próprios. Por seu turno, a especialização consistia na produção em massa de bens padronizados orientando-se pelo trabalho especializado e pela aplicação de tecnologia que viabilizasse maximizar a produtividade dos operários. A utilização de tais dispositivos foi possível somente após a instituição das revoluções Industrial e da Produtividade. A grande contribuição da Revolução Industrial para o fordismo foi converter as técnicas misteriosas de trabalho do artesão em conhecimento, isto é, transformar segredo em metodologia. A velocidade do avanço tecnológico a partir de então exigiu uma demanda por capital muito além das posses dos artesões das pequenas oficinas do território europeu. Então, a produção concentrou-se sob um só teto, as fábricas. A Revolução da Produtividade, por sua vez, conferiu