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Salvador, - Como foi montado na Bahia o esquema de recepção e distribuição de peças e carros. Quando se fala no Complexo Industrial Ford Nordeste, os dados são sempre superlativos. A unidade implantada em Camaçari (BA), ao custo de US$ 1,9 bilhão, representa o maior investimento realizado no País nos últimos anos, seja na área governamental ou na iniciativa privada. A fábrica, com capacidade de produção para 250 mil veículos por ano, está exigindo uma das mais complexas operações logísticas já registradas na indústria automotiva brasileira. A razão fundamental da complexidade é a operação de just in time a 3 mil quilômetros. É esta a distância que separa Camaçari de São Paulo, o grande mercado supridor da Ford Nordeste. Dos 300 fornecedores, cerca de 80% estão em território paulista. A montadora não menciona valores envolvidos, mas especialistas calculam que a logística da fábrica baiana deverá ter um custo de, no mínimo, US$ 50 milhões e, no máximo, US$ 80 milhões por ano. Operação 24 horas As cifras se referem às operações de transferência de componentes para a Bahia e de escoamento do produto. Metade da carga transferida é transportada por rodovia, a princípio em 60 carretas, colocadas nas estradas ininterruptamente por 24 horas. A viagem sem interrupções é possível mediante o revezamento de motoristas, maneira de o objetivo de vencer o percurso no prazo máximo de 48 horas, no caso de São Paulo, e de 36 horas, de Minas Gerais. Quando a fábrica baiana estiver em pleno funcionamento, o número de carretas será de 140 por dia. O transporte dos outros 50% será feito por via ferroviária, ao ritmo de um trem diário carregado com 20 contêineres de 40 pés. Toda a operação terrestre, incluindo a contratação de transportadores, é comandada pela Lean Logistics, uma parceira da Ford na área de serviços, que se instalou no parque da montadora em Camaçari. O transporte rodoviário está a cargo de quatro empresas - a holandesa TNT Logistics,