Fonética nas gramáticas
O estudo da fonética e fonologia é tratado pelas gramáticas de diversas formas. O objetivo deste trabalho será a comparação das gramáticas para que seja mostrado o valor dado por cada autor ao respectivo assunto.
Para o desenvolvimento deste projeto, foram colocadas, em contraste, obras dos seguintes autores: Carlos Henrique da Rocha Lima, Gramática Normativa da Língua Portuguesa (2011); Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa (1997) e Pascoale Cipro Neto e Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa (2007).
Iniciamos o trabalho em Bechara (1997) que apresenta a fonética e fonologia (chamada pelo autor de fonêmica), diferenciando os dois assuntos, nos deixando mais íntimos com tema. Segue a mesma linha a gramática de Rocha Lima (2011). Entretanto, Cipro Neto (2007) direciona o raciocínio para a fonologia e por conseqüência introduz a fonética, não deixando claro a distinção entre os dois assuntos.
Na sequência, podemos observar a classificação dos fonemas onde Bechara (1997) e Rocha Lima (2011) separam a classificação das vogais em quatro critérios: a) zona de articulação; b) intensidade; c) timbre; d) quanto ao papel das cavidades bucal e nasal. A surpresa virá em Cipro Neto (2007) onde há três critérios expressos e um critério citado de maneira superficial – o papel das cavidades bucal e nasal. Posto isso, é possível observar um detalhamento maior em Bechara (1997) que ilustra sua obra com várias imagens para facilitar o entendimento da classificação. Quanto as semivogais, é visto que Rocha Lima (2011) as apresenta entre as consoantes o que não acontece em Bechara (1997) e Cipro Neto (2007) que trazem as semivogais na conceituação das vogais. Bechara (1997) ainda aprofunda mais o tema colocando observações e fenômenos - diérese/sinérese - não mencionado pelos outros autores.
Na classificação das consoantes, podemos observar que a estrutura de Cipro Neto (2007) novamente não deixa