Fontes de endurecimento por precipitação em aços
Professor (a): Maria
Resumo do artigo FONTES DE ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO EM AÇOS
MICROLIGADOS PARA TIRAS A QUENTE de H.-J. Kestenbach e J. Gallego
Com a re-examinação da precipitação de carbonitretos na austenita como possível fonte de endurecimento em aços microligados, foi possível realizar o estudo e retificar a tese de que a formação de carbonitretos durante a laminação na austenita, embora importante para o refino de grão, significaria uma perda de elementos de microliga em solução e, consequentemente, uma redução do endurecimento por precipitação na ferrita, estudo este realizado com o auxílio da microscopia eletrônica, que sugere que a precipitação na austenita também oferece um razoável potencial de endurecimento.
De acordo com a literatura antiga, após o tratamento térmico de normalização os carbonitretos formados na ferrita e austenita perderiam o seu potencial de endurecimento devido a sua perda de coerência com a matriz, porém estudos recentes revelaram que este fato pouco influenciaria no potencial de endurecimento.
Outro forte argumento que mostra a fraqueza da literatura antiga é que as condições de laminação utilizadas para estudos eram, de fato, bem distintas em relação à laminação utilizada na indústria.
Acreditava-se que a formação de carbonitretos durante a laminação na austenita significaria uma redução do endurecimento por precipitação na ferrita, porém o estudo do modelo de Orowan-Asby destaca a mínima diferença de resistência entre os precipitados gerados a partir da austenita e da ferrita.
Este artigo demonstra a fraqueza dos argumentos que foram utilizados no passado para defender os mecanismos que devem ser considerados para o estudo do endurecimento por precipitação e mostra que a formação de carbonitretos na ferrita não deve ser considerado como única fonte de endurecimento por precipitação em aços