Fonte Historica
Para os positivistas a História era feita de documentos escritos, sendo a principal tarefe do historiador recolhê-los e submetê-los a crítica externa e interna para comprovar sua autenticidade. Nessa concepção, os documentos transmitiam o conhecimento histórico por si, e ao historiador só cabia coletá-los e agrupa-los, não questioná-los. Assim, o documento era a prova concreta e verídica de um passado imutável que não precisava ser interpretado. Mas, a partir da década de 1930, historiadores franceses associados a Annales, impulsionaram a crítica a essa concepção de documento, influenciados por Karl Marx, um dos precursores da contestação a pretensa objetividade imparcial na História, ainda no século XIX. Para Marx, todo historiador estava ligado a sua classe social, não podendo ser imparcial, premissa que guiou a pesquisa dos materialistas históricos e dos Annales para o campo da interpretação e da análise, mudando o conceito de documento. Os Annales abriram possibilidades para renovações no pensamento e na pesquisa histórica, então o fato histórico deixou de ser forma verídica e real pelo documento; ele precisaria ser construído pelo historiador a partir de uma conjunção de fatores presentes e