Fome e o capitalismo

A “ordem econômica mundial”, leia-se capitalismo, assassina 100.000 pessoas famintas por dia, apesar de o mundo ter atualmente a capacidade de alimentar 12 bilhões de seres humanos, o dobro de sua população, denunciou o relator da ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Ziegler.
Essa notícia e a charge apresentada acima representam a situação que o mundo vive hoje. Enquanto uns estão preocupados com celulares e roupas da moda, outros estão implorando por um pouco de comida. E ainda há quem diga que o problema é a falta de comida, mas não é.
Os problemas são diversos, um deles está na distribuição dessa produção. A maioria dos alimentos se perde durante o transporte, por ser feito de maneira incorreta.
Além disso, alguns alimentos são utilizados para alimentar animais, ao invés de estar sendo distribuído pela população, como por exemplo, a soja no Brasil, que é produzida em sua maioria para alimentar porcos. Mostrando assim que o mundo está mais preocupado em alimentar os porcos, pois eles serão vendidos depois e gerará lucro, o que não acontecerá se destinarmos os alimentos aos seres humanos.
Outro ponto importante ressaltar é o preço dos alimentos, cada vez mais altos e controlados por cada vez menos gente. Estima-se que 10 empresas controlam 85% de toda a comida negociada no mercado mundial. Sendo que as pessoas que passam fome são as que possuem renda baixa ou nenhuma renda, o aumento do preço dos alimentos só aumenta a quantidade de pessoas passando fome.
Essas empresas que detêm o controle da comida negociada no mundo, muitas vezes estão localizadas em países que mais passam fome, como por exemplo na África.
Assim, podemos ver como o sistema econômico em que estamos inseridos não é só assassino, mas absurdo, porque mata sem necessidade. Alimento há, é preciso somente de uma melhor distribuição e programas sociais que facilitem o acesso das famílias com uma renda mais baixa aos alimentos, além de uma ajuda mundial para combater a fome, onde a