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Arcadismo (meados do século XVIII – início do século XIX), período composto pelo desenvolvimento científico e filosófico, a expansão do conhecimento e o progresso urbano por meio da industrialização. O cenário da época é o Iluminismo que cooperou com a criação da Enciclopédia, por D’alemberg, Diderot e Voltaire, em 1751, e com o reconhecimento da Lei de Newton. Nesse momento, devido à crise no ensino religioso e medieval que ocasionou a importação de docentes, a Universidade enfrentou a primeira fase de agitação e intensa atividade.
Características
O princípio reinante é a imitação de aspectos da antiguidade Greco-romana, o cultivo de uma poesia de pose, demasiadamente literária. Os poetas buscam um exílio na natureza (bucolismo), pois consideram a cidade uma imagem de decadência e devassidão. Na poesia predominam a ânsia pelo equilíbrio, linguagem e temas simples, adoção de lemas latinos – carpe diem, Inutilia truncate, Fugere urbem –, a razão e a ciência e os pseudônimos para tornar mais verossímil o “fingimento poético”.
Autor principal
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Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta português, nasceu em 17 de Setembro de 1766 em Setubal e faleceu em 31 de Dezembro de 1805 em Lisboa. Cursou na Academia Real da Marinha e logo após na Academia dos Guardas da Marinha. Em 1786 foi designado para servir na Índia, mas o seu temperamento irrequieto levou-o a desertar dois anos depois para Macau, onde passou privações. No ano seguinte entrou para a Nova Arcádia, tempos depois foi expulso em virtude de ser contra o formalismo literário da sociedade. Como autor de “papéis críticos, sediciosos e ímpios” foi recolhido ao Limoeiro. Durante o encarceramento traduziu obras de Dellile, Florian, Rosset, Castel, Lacroix e outros, e as “Metamorfoses”, de Ovídio. Dotado de um talento invulgar, não era homem de grande cultura nem de grandes ideias, mas possuidor de uma viva imaginação e aguda sensibilidade.
Análise da obra
Em muitos