Fluxo de Caixa
Caderno de Estudos nº 02 , São Paulo, FIPECAFI – Abril/1991
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Contabilidade VS. Fluxo de Caixa
Autor: Eliseu Martins
Professor Titular do Departamento de Contabilidade e
Atuaria da faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.
Introdução
Muito se tem escrito e falado recentemente a respeito da “superioridade” do Fluxo de Caixa sobre a Demonstração do Resultado da “Volta da Contabilidade ao custo histórico puro” e até da “maior utilidade do Regime de Caixa sobre o de
Competência” para fins de gerenciamento das empresas.
O nosso objetivo aqui é procurar mostrar que tudo isso pode ser válido...Para quem não entende de Contabilidade, ou não sabe de fato o que é o Regime de
Competência.
Não entendeu o que é fluxo financeiro na inflação ou então para quem está sempre atrás de novos modismos, quaisquer que sejam, independentemente de uma análise critica e racional.
As Demonstrações Contábeis e o Fluxo de Caixa
Em primeiro lugar discutamos a respeito do relacionamento entre a Contabilidade e o Fluxo de Caixa. Infelizmente ainda encontramos quem ache que a questão é de alternativa: ou um ou outro, sem que se perceba da ligação umbilical entre as
Demonstrações Contábeis e o Fluxo de Caixa.
Talvez a grande falha resida exatamente entre nós contadores. Quando deixamos de mostrar aos nossos usuários que essa conexão é intima e fundamental.
O Balanço e a Demonstração do Resultado, se elaborado à luz do custo histórico puro e na ausência de inflação. São as distribuições lógicas e racionais ao longo do tempo do Fluxo de Caixa da Empresa, e é talvez necessário que esclareçamos isso aos consumidores do nosso produto. Precisamos mostrar que um ativo possui, além das disponibilidades e das aplicações de caixa efetuadas, direitos que estão para se transformar em caixa, ale disso, possui bens que estão representando o montante de caixa desembolsado em função de sua aquisição e que o passivo