Florestas, legislação e carbono
Florestas são um importante fator de regulagem climática. Por este motivo, sua destruição tem ganhado destaque nos debates sobre as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e mudanças climáticas. No mundo todo, a conversão de florestas em outros usos é responsável por 18% das emissões de GEE. No Brasil, quarto maior emissor global, o desmatamento responde por 76% das emissões totais. A pressão para diminuir as taxas de desmatamento tem aumentado significativamente nos últimos anos. Com isto, tem surgido um número crescente de proprietários de terras interessados em obter benefícios pela manutenção de florestas em pé. Por outro lado, empresas têm se beneficiado de ações de plantio e recuperação de florestas, como forma de compensar seus inventários de emissões de gases de efeito estufa.
Florestas em crescimento sequestram Carbono do ar ao transformar o gás carbônico (CO2) e água em tecido vegetal, através do processo de fotossíntese. Ao atingirem a maturidade, as florestas entram em equilíbrio, de modo que a quantidade de gás carbônico sequestrado durante o dia é aproximadamente igual ao emitido à noite, pelo processo de respiração celular. Desta forma, uma floresta adulta não reduz o Carbono do ar, mas o mantém estocado na forma de tecido vegetal. A emissão de Carbono ocorre quando esta floresta é cortada e a área onde se encontrava, utilizada para outra finalidade.
Para contabilizar a quantidade de Carbono estocado nas florestas, deve-se medir a quantidade de biomassa existente, e converter este valor em CO2. Nas florestas em crescimento mede-se o incremento de biomassa de um ano para outro. Desta forma, Crédito de Carbono é o incremento de biomassa ou a destruição de biomassa que resultem em uma tonelada de CO2, e que seja transacionado entre um agente originador e um agente tomador.
Parte-se do princípio de que exista a intenção de redução de emissões de Carbono por parte de determinada fonte de emissões. Esta redução pode