Florestan Fernandes
Florestan Fernandes nasceu em São Paulo, no dia 22 de julho de 1920. De origem humilde, teve dificuldades em seus estudos iniciais. Filho de mãe solteira foi criado por sua madrinha Hermíria Bresser de Lima. Iniciou sua formação primaria no Grupo Escolar Maria José, em Bela Vista, São Paulo (1926), fez o Tiro de Guerra (1936) e o Curso Madureza no Ginásio Raichuelo em São João da Boa Vista, em 1941 ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, concluindo o curso de Ciências Sociais. Em 1943, escreveu seu primeiro artigo para o jornal O Estado de São Paulo, intitulando O Negro na Tradição Oral. Casou-se com Myriam Rodrigues Fernandes, com quem teve seis filhos.
Em 1945 trabalhou como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II. Na Escola Livre de Sociologia e Política, com a dissertação "A organização social dos Tupinambá", obteve o título de mestre. Obteve o titulo de Mestre em Ciências Sociais- Antropologia, com uma dissertação sobre a Organização social dos Tupinanbás (1947). Em 1951 defendeu, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a tese de doutoramento "A função social da guerra na sociedade tupinambá", posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira. Passou a Livre Docente, na Cadeira de Sociologia I, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP (1953) e tornou-se Professor Titular da mesma cadeira, com a tese A Integração do Negro na Sociedade de Classes (1964).
Em 1969, foi afastado das atividades acadêmicas por que foi perseguido pela ditadura militar brasileira. Nesse mesmo ano escreveu a tese "A Integração do Negro nas Sociedades de Classe". O sociólogo desenvolveu outros estudos referentes às sociedades indígenas e ao processo de dependência da América Latina em relação