Flavio Villaça- Ilusão do Plano Diretor
Autor
Flávio Villaça
Argumento central
A obra de Flávio Villaça trata sobre, os debates públicos que “nortearam” o Plano Diretor de São Paulo, com o intuito de compreender e questionar seu conceito e funcionamento, diferenciando-o do Zoneamento. Desta forma, apresenta algumas reflexões e associa o Plano Diretor á grande desigualdade e desordem do poder político e econômico, chegando á conclusão que tal instrumento nunca existiu em prática.
Síntese dos conteúdos
Segundo o autor, a ideia de Plano Diretor é frequentemente confundida com a de Zoneamento, já que os dois tratam de questões sociais e econômicas, porém o primeiro enfatiza o controle do uso do solo. Já o Plano Diretor abrange todos os principais aspectos de uma cidade, como, transportes, saneamento, enchentes, educação, saúde, habitação, poluição do ar e água, além de abordar o desenvolvimento econômico e social do município. O importante a ser ressaltado são as propostas sociais feitas no Plano Diretor, que compreendidas no texto, vão muito além de “construções de espaços”, elas são consideradas responsáveis pelas atividades desenvolvidas nessas construções, como, vivências em parques, e o papel formador das escolas. Para Villaça, alguns cidadãos defendem a ideia do Plano Diretor ser aprovado por uma lei municipal, mas também podendo fazer parte dos governos estaduais e federais. Assim, qualquer problema urbano (de qualquer esfera de governo) teria possibilidade de ser abordado não só no diagnóstico, mas sim nos conceitos realmente legais e expansivos. Flávio concretiza em sua obra, que muitos em nossa sociedade acreditam na funcionalidade do Plano Diretor e o dão “status” de solucionador dos problemas urbanos, ou seja, um instrumento indispensável para a melhoria de São Paulo. O que a sociedade não percebe é a generalização do funcionamento desse órgão, pois segundo o autor, nunca existiu na prática.