: “As ilusões do plano diretor” – de flávio villaça
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“Os planos diretores fracassaram não soem São Paulo, mas em todo o Brasil e América Latina. Fracassaram não só porque eram falhos, mas porque tomaram os desejos pela realidade.”
Paul Singer (1995,177)
(Retirado do texto “As ilusões do Plano Diretor” Flávio Villaça)
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O texto fala sobre a experiência paulistana de elaboração e dos debates do Plano Diretor. Porém, estes relatos estão longe de ser somente experiência da cidade de São Paulo.
O seu conteúdo foi associado à violenta desigualdade de poder político e econômico que existe em nossas cidades, grande ou média. Porém em um grande município inserido numa área metropolitana, essa desigualdade é bem menor do que em municípios centrais. Pois com a condição de cidades-subúrbio faz com que os municípios apresentem uma população mais homogênea.
Para elaboração e aprovação do Plano, envolveram uma grande quantidade de audiências e debates públicos. Divididos em dois grupos: os realizados pelo Executivo e os realizados pelo Legislativo.
Plano diretor x zoneamento – No Brasil, Plano Diretor se confunde com Zoneamento, porém em importantes setores de nossa sociedade, há uma convicção de que ambos são diferentes e suas diferenças são importantes.
O Plano Diretor é um instrumento poderoso e abrangente, onde se refere a todos os problemas fundamentais da cidade. Já o Zoneamento só se refere ao controle do uso do solo.
A idéia do Plano diretor - A idéia de um plano diretor, existe no Brasil, por pelo menos desde 1930. Desde então, essa idéia espalhou-se entre nós com grande intensidade e assim com rapidez passou a ser defendida pela elite da sociedade. Arquitetos e engenheiros que eram ligados a problemas urbanos, imprensa e políticos passaram a adotar esse plano, pois para eles, a idéia era de