Fisioterapia
INTRODUÇÃO:
O processo de envelhecimento vem normalmente acompanhado de um declínio das funções gerais e a função motora é certamente comprometida nos indivíduos idosos. A participação, a integração e a sincronia dos sistemas osteomuscular, neuroendócrino, nervoso, cardiovascular e sensorial são necessárias para que o ato motor se realize de maneira desejável, incluindo as funções de equilíbrio e marcha. (Guccione, 1992; Lewis e Bottomley, 1994; Vandervoort, 1998).
Sendo assim é necessário o conhecimento destas alterações, para a construção de um diagnóstico, plano de tratamento e prognóstico, que não seja subestimado ou superestimado em se tratando de um paciente idoso. A avaliação funcional do idoso é de extrema importância à fisioterapia. Tendo em vista que, a fisioterapia geriátrica tem como objetivo principal à independência do idoso para as tarefas básicas de AVD’s, no intuito de minimizar as conseqüências das alterações fisiológicas e patológicas do envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e favorecendo uma qualidade de vida satisfatória que é julgada pelo idoso mais pelo nível funcional e grau de independência do que pela presença de limitações específicas e isoladas como, por exemplo, dores articulares, seqüelas de AVE, etc. (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).
Principais alterações fisiológicas do envelhecimento que interferem na capacidade funcional e motora
A) Tecido Muscular: Após os 60 anos, o ritmo de perda das fibras musculares se acelera levando a uma atrofia e conseqüente perda de força muscular. Há uma perda da elasticidade do tecido, devido a diminuição de fibras musculares tipo II, de condução rápida, aumento do tecido gorduroso e presença de ligações aleatórias de colágeno, conseqüentemente prejuízo de unidades motoras funcionais. O diâmetro transverso do quadríceps sofre uma redução de 25% a 35% dos 30 aos 70 anos (Vandervoort, 1998). A força de preensão manual também é diminuída,