Mito e religião: suas origens na antiguidade clássica
AS BASES NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Castanhal-PA, maio de 2011.
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em HISTÓRIA da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Comunicação e Linguagem, História Antiga, Introdução aos estudos históricos, Filosofia e Seminário I.
O surgimento do mito
POR: FRANCISCO DE CANINDÉ GUIMARÃES PIMENTEL.
O mito surgiu nos primórdios da humanidade através de histórias fabulosas advindas da autoridade religiosa de quem a narrava para explicar os fenômenos do mundo à volta do homem. Em contra posição, a filosofia surgiu na Grécia Antiga, diante da capacidade reflexiva do homem sobre a necessidade de racionalizar os fenômenos naturais, substituindo os mitos e as crenças religiosas, que foram as primeiras tentativas humanas de explicar a realidade através de histórias sobrenaturais supostamente acontecidas em um passado imemorial, longínquo e legendário.
O mito sugere o fator “sagrado” da narrativa, geralmente fabulosa e incompreensível, que era a marca própria da narrativa mítica. Durante muito tempo a mitologia serviu como um discurso ideológico de dominação, garantindo o poder e a influência das classes dominantes sobre o povo, privilegiando principalmente a classe sacerdotal. Foi por volta do século V a.C que os primeiros gregos passaram a buscar respostas através da racionalidade. Desta forma, os pré-socráticos da Escola Jônica, lançaram as bases da construção do pensamento humano, através do saber racional, alicerçado na observação de fatos, na experimentação e na prática comportamental, ou seja, no real. A partir do real se construiu idéias, como afirma Marilena Chauí:
Um dos traços fundamentais da ideologia consiste em tomar idéias como independentes da realidade histórica e social, de modo a fazer com que tais idéias expliquem aquela realidade, quando na verdade é essa realidade que torna compreensível as idéias elaboradas. (CHAUÍ, 1995, p. 11).
Giovanni Reale (1993) afirma que