Fisioterapia
O tratamento cirúrgico da rotura do LCA é, ainda hoje, uma intervenção imprecisa. É impossível conseguir-se, com os enxertos disponíveis, a reconstituição idêntica ao LCA original com feixes em duplicado, com a complexa orientação tridimensional das fibras de colagénio e com amplas zonas de inserção femoral e tibial, orientadas nos vários planos do espaço. O grande número de técnicas cirúrgicas até hoje propostas espelha a insatisfação ainda existente
(NORONHA J. 2000).
A técnica cirúrgica que mais se aproxima da reconstrução ideal, utiliza como enxerto o tendão patelar homolateral por via artroscópica (NORONHA J. 2000). É uma técnica que evita a artrotomia preservando a cápsula articular, diminui a incidência dos distúrbios da propriocepção, minimiza a atrofia muscular permanente, diminui a dor e edema pós-operatório e a consequente inibição muscular. Esta abordagem cirúrgica provoca pequena lesão no aparelho extensor, permite mobilização imediata e um período de recuperação relativamente curto (NORONHA, J. 2000).
Esta técnica, designada osso-tendão-osso (OTO), foi de todas as descritas até ao momento, a que melhores resultados proporcionou e tem sido realizada com consenso nos principais
Serviços de Cirurgia do joelho no mundo como primeira opção para a reconstrução do LCA
(NORONHA, J. 2000).
Protocolo de Recuperação
Pensa-se que desde a cirurgia até à retoma do nível pré-lesional, a plastia vai passando sucessivamente pelas fases descritas atrás, da necrose á metaplasia, até adquirir organização histológica e resistências próximas das do ligamento original. Durante todo este percurso, qualquer falha na reabilitação poderá comprometer o resultado final. O neo-ligamento pode até estar anatomicamente íntegro, mas ser funcionalmente ineficaz (NORONHA 2000). Cabe ao fisioterapeuta devolver essa funcionalidade.
Neste contexto elaborou-se um protocolo de reeducação