fisioterapia em cuidados paliativos
Uma alternativa à Eutanásia
Helena Mafalda Pessanha; Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa; Bioética; 2013/14
A origem etimológica da palavra “paliativo” advêm do verbo palliare (latim), que significa proteção. Assim, um tratamento paliativo é aquele que “remedeia momentaneamente um problema mas não o resolve definitivamente”.(1)
Os cuidados paliativos centram-se na importância da dignidade da pessoa ainda que doente, vulnerável e limitada, aceitando a morte como uma etapa natural da vida que, até por isso, deve ser vivida intensamente até ao fim. Estes cuidados de saúde surgiram como uma necessidade devido ao aumento da esperança média de vida que por consequência provocou o aumento de doenças crónicas sem resposta curativa. (2)
Serão os cuidados paliativos sinónimo de desistir?
N
a base dos cuidados paliativos está o processo de cuidar.
Numa situação ideal, os cuidados paliativos e os cuidados curativos iniciar-se-iam em conjunto a partir do momento em que é realizado o diagnóstico. Numa primeira fase, os cuidados curativos seriam os mais utilizados de modo a haver uma manutenção da doença e só depois, quando estes perdessem a eficácia, os cuidados paliativos interviriam focados no doente / família através do alívio de sintomas e do apoio psicológico, social e espiritual. (1)
O momento da revelação da finalização do tratamento curativo e transição para os cuidados paliativos é crucial para os doentes. O que é dito e a maneira como é dito é determinante para o seu bemestar, uma vez que vai influenciar a forma como o doente lida com a informação e se ajusta à nova situação. (3)
Em Bioética, o princípio de autonomia, é o requisito moral do respeito pela autonomia dos outros. A autonomia é a capacidade de pensar, decidir e agir de modo livre e independente, o que significa que se não houver interferências na qualidade de autonomia todo o indivíduo tem por consagrado o direito a ser o autor do