Fisiologia
INTRODUÇÃO
A água é o mais abundante de todos os recursos de que a planta necessita para crescer e funcionar e, ao mesmo tempo, o mais limitante para seu desenvolvimento. Devido à perda de água transpiratória para a atmosfera, as plantas raramente estão com plena hidratação. Elas sofrem déficits hídricos que levam à inibição do crescimento vegetal e da fotossíntese, assim como a outros efeitos prejudiciais. O processo mais afetado pelo déficit hídrico é o crescimento celular. O estresse hídrico mais severo conduz à inibição da divisão celular, à inibição da síntese de proteínas e de parede, e ao acúmulo de solutos no citoplasma e no vacúolo, permitindo, assim, à planta a manutenção do turgor apesar dos baixos potenciais hídricos. Segundo Brunini & Cardos (1998), os principais aspectos avaliados para análise da planta em tolerar déficit hídrico elevado, principalmente sob baixa disponibilidade de água no solo, referem-se à sensibilidade estomática à troca gasosa e à capacidade de manter alto teor hídrico na folha e suportar a desidratação imposta pelo ambiente adverso. Tais aspectos resumem-se à medida da resistência oferecida pelos estómatos a esta troca gasosa e pela análise do potencial da água na folha. Quando a ocorrência do déficit hídrico é rápida, os mecanismos morfofisiológicos são severamente afetados e a planta necessita adaptar-se à nova situação, de forma rápida. Desta forma, plantas conduzidas em condições de irrigação normalmente apresentam menos resistência a situações de déficit hídrico no solo; já em plantas submetidas ao déficit hídrico gradual ou a deficiência de água no solo no início do seu ciclo, mais facilmente ocorre a adaptação das plantas. A tolerância da planta ao déficit hídrico parece ser um importante mecanismo de resistência, para a manutenção do processo produtivo em condições de baixa disponibilidade de água às plantas. A água, além de ser