Fisiocracia
A escola fisiocrática surgiu no século XVIII e durou cerca de 30 anos, é considerada a primeira escola de economia científica. Surgiu como uma reação iluminista ao mercantilismo, um subproduto do absolutismo que dava ênfase à indústria e ao comércio voltados para a exportação. Baseavam-se na economia mercantil, identificando a transformação geral dos produtos em mercadorias. Acreditavam na agricultura como fonte original de toda riqueza, porque somente ela permitia larga margem de lucros sobre um investimento pequeno, sendo assim, deveria haver um único imposto, livrando o restante da sociedade da grande quantidade de tributos que existiam na época. A terra era a única verdadeira fonte das riquezas. As outras formas de produção estavam meramente transformando produtos da terra, com menor margem de lucro. Os produtos da agricultura deveriam ser valorizados e vendidos a alto preço e os proprietários de terras reconhecidos com os verdadeiros promotores da riqueza do país e respeitados como tal.
O promotor dessa revolução contra o mercantilismo foi François Quesnay, médico da corte de Luís XV. Sua teoria apareceu em seu livro Tableau Economique ("Quadro Econômico"), de 1758, que mostrava esquematicamente as relações entre as diferentes classes econômicas e setores da sociedade, e o "fluxo de pagamentos" entre elas. Com o Tableau, Quesnay criou o conceito de equilíbrio econômico, uma concepção tomada como ponto de partida nas análises econômicas desde então. A poupança era potencialmente prejudicial porque, não aplicadas, podia perturbar o equilíbrio do fluxo de pagamentos.
Definindo-se por trabalho produtivo o trabalho capaz de produzir excedente, temos então, a partir de uma ótica fisiocrata, o trabalho agrícola como única forma de trabalho produtivo. Apesar das limitações surgidas a partir da tomada de um conceito como esses, é de grande mérito da individualização no processo produtivo o lugar de origem do produto líquido (excedente), tendo a escola