fintas no handebol
5 março 2011 por Lucas Leonardo
No processo de iniciação ao handebol, geralmente, e com certa razão, valorizam-se atitudes individuais como conteúdos de ensino.
Quando se fala do jogo ofensivo, principalmente, a finta é quase sempre considerada o primeiro elemento técnico (talvez, junto com a realização do passe) a ser abordado. Não existe erro nisto, pois ensinar a fintar é o primeiro meio pelo qual um aluno aprende, mantendo a posse da bola consigo, a ultrapassar um adversário em direção ao gol.
No entanto, quando se trata da aprendizagem da finta, as abordagens de ensino mais utilizadas quase sempre se pautam na desconstrução da técnica da finta em suas partes, passadas uma de cada vez aos seus alunos. Primeiro, ensina-se a fixar (realizar a passada zero) frente a um cone, depois a mudar de direção, num terceiro momento, em duplas, um passa a bola e outro a recebe fixa-se a sua frente, saindo de um lado ou do outro do seu companheiro de dupla, que não realiza qualquer ação de resistência a essa finta, alternando uma repetição para cada um. Num quarto momento, mostra-se que ao sair para o lado oposto ao braço dominante, o jogador deve realizar uma finta de braço (mostrando como realizar esse gesto) e se sair para o mesmo lado do braço dominante, realiza-se a finta de corpo.
A partir desta sequência, se constroem variadas circunstâncias, incluindo um arremesso a gol, um passe lateral e etc.. de forma que a finta, tecnicamente, passa a ser bem assimilada. Com essa sequência de ensino não há dúvidas de que a ação motora será bem internalizada.
Esse tipo de abordagem sem dúvida se baseia no ensino da técnica e pode formar excelentes fintadores. No entanto, esse tipo de abordagem de ensino não garante que a finta seja compreendida em sua totalidade tática.
Segundo a literatura espanhola e portuguesa, a finta deve ser entendida como mais do que um recurso técnico, mas sim