Financeiro
O investidor, ao decidir aplicar seu capital, tem em suas mãos as seguintes variáveis nas quais norteiam sua decisão: liquidez, segurança e rentabilidade. Essas variáveis fazem parte do que chamamos de tripé da análise de investimento, pois elas estão associadas e a preferência por uma implica a perda de outra. Não é possível tomar uma decisão de investimento obtendo ganhos com as três variáveis conjuntamente. Exemplos:
Aplicar na caderneta de poupança revela-se uma decisão segura, com alta liquidez, mas baixa rentabilidade.
Comprar um imóvel em condições que seu preço esteja abaixo do mercado pode fornecer uma boa rentabilidade, mas sua venda pode ser demorada.
Aplicar em ações pode fornecer alta rentabilidade, mas é uma decisão arriscada, pois oscilações no mercado de bolsa podem ocasionar perdas.
Observa-se assim, que liquidez refere-se à capacidade de transformar o investimento em dinheiro; quanto mais rápido o ativo investido transforma-se em dinheiro, mais liquido ele é. Por sua vez, segurança está relacionada com a previsibilidade do resultado. Quanto mais previsível é o valor do resgate de uma aplicação, maior é a segurança. E, finalmente, rentabilidade é o retorno que se obtém do investimento. Essas duas últimas variáveis serão discutidas mais profundamente no decorrer deste texto.
Risco e incerteza
Segurança no investimento exige o entendimento do que vem ser incerteza e risco. Segundo Assaf Neto (2001), em se tratando de decisões financeiras, não há certeza quanto aos resultados da ação, uma vez que essas decisões fundamentam-se no futuro, o que evidentemente é incerto por natureza. Em existindo incerteza quanto aos resultados de uma ação (evento) que se deseja tomar, buscam-se então formas de reduzi-la. Podemos, então, por meio de métodos estatísticos, atribuir probabilidades aos diversos resultados previstos para o evento.
Nestas condições, a decisão a ser tomada deixa de ser incerta