Finalidade da vida humana
A vida humana existe há milhões de anos e ainda perdurará por mais milhões se nada vier a destruí-la por completo ou mesmo impedir que esta de continuidade.
Mas este ciclo, datado de tempos remotos e que norteia a eternidade, possui, estampado em suas entranhas, alguma espécie de objetivo ou razão pela qual é aquilo que é? Em geral esse questionamento é feito de modo autônomo por todos aqueles que têm consciência de sua própria existência, no entanto, nenhuma resposta plausível, isto é, uma que fosse aceita por todos como sendo verossímil, já foi documentada ou mesmo dita com repercussão em toda a história da humanidade.
Excetuando-se as conclusões obtidas através das religiões ao longo do tempo, uma vez que estas em quase todos os casos, senão em todos, são embasadas em conceitos dogmáticos, inexiste uma depreensão contundente acerca dos motivos que nos trouxeram até este ponto e também que nos levarão até um ponto mais adiante.
Se pensarmos por uma perspectiva biológica, regressaríamos ao velho chavão: “dar continuidade à espécie”, bordão este, que perde o valor se for visto filosoficamente, já que continuar a espécie é um comportamento instintivo que qualquer criatura, por mais irracional que seja, é capaz de ter.
Pode-se inferir, então, que a real finalidade da vida humana é a realização, da perspectiva de cada indivíduo, de si próprio, como uma entidade única e autossuficiente, sem necessidades divinas ou supernaturais.
Mentes menos férteis, dirão que tudo, até mesmo esta reflexão, é fruto da aleatoriedade dos acontecimentos no espaço-tempo, conclusão esta, que outros dirão ser apenas resultado da indolência reflexiva.
Em suma, este raciocínio, assim como muitos outros, tende a entrar para a “masmorra das dúvidas perpétuas” onde será inúmeras vezes posto em debate, entretanto, muito provavelmente nunca será encontrada uma solução que satisfaça os requisitos estabelecidos na quinta e sexta linha do segundo