Filósofos

4370 palavras 18 páginas
INTRODUÇÃO

A política de Maquiavel é realista, pois procura a verdade efetiva, ou seja, "como o homem age de fato". As observações das ações dos homens do seu tempo e dos estudos dos antigos, sobre tudo da Roma Antiga, levam-no à constatação de que os homens sempre agiram pelas via da corrupção e da violência. Na nova perspectiva, para fazer política é preciso compreender o sistema de forças existentes e calcular a alteração do equilíbrio provocado pela interferência da sua própria ação nesse sistema.·. Na Idade Média surge o Estado moderno, que apresenta características específicas, tais como o monopólio de fazer e aplicar as leis, recolher impostos, cunhar moeda, ter um exercito. É nessa Itália dividida que vive Nicolau Maquiavel (1469-1527) na república de Florença. Maquiavel viveu intensamente a luta de poder no período em que Florença, tradicionalmente sob a influência da família Medici, encontrava-se por uma década governada pelo republicano Soderini, ocupava a Segunda Chancelaria do governo, função que o obriga a desenvolver inúmeras missões diplomáticas na França, Alemanha e pelos diversos Estados italianos. O príncipe da época provocava inúmeras interpretações e controvérsias. Na primeira leitura nos dá uma visão da defesa do absolutismo e do mais complexo imoralíssimo: “É necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”. Na língua comum, chamamos preparativamente de maquiavélica a pessoa sem escrúpulos, traiçoeira, astuciosa. Como expressão dessas amorosidade, costuma-se vulgarmente atribuir a Maquiavel a famosa máxima “Os fins justificam os meios”. Contrapondo-o à análise projetaria do maquiavelismo, Rousseau, no século XVIII, defende o florentino afirmando que O príncipe era na verdade uma sátira, e a intenção verdadeira de Maquiavel seria o desmascaramento das práticas despóticas, ensinado, portanto, o

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