A história dos filtros de ar Em 1823 John e Charles Dean patentearam um dispositivo de proteção contra fumaça, o objetivo era o de proteger os bombeiros contra fumaça e os produtos químicos perigosos presentes no ar quando de suas lutas contra os incêndios. Posteriormente, esse dispositivo foi adaptado por August Siebe para uso por mergulhadores, que mais tarde deu origem às máscaras contra gás usadas na 1ª Guerra Mundial. Outros nomes importantes nessa trajetória de proteção respiratória foram Lewis Haslett, com seu “Protetor Pulmonar” em 1849 e finalmente, John Stenhouse, precursor da utilização do Carvão Ativado, já em 1854. O primeiro sistema híbrido de proteção de partículas (ar) e moléculas (gases) foi feito pelo físico inglês John Tyndall, em 1871. Nos anos 30, havia a preocupação de que o ar seria a fonte de infecção em ferida cirúrgica e a principal medida para o controle ambiental consistia da limpeza e desinfecção de superfícies, sendo que a tentativa de “desinfecção” do ar era realizada por meio de pulverização de produtos químicos, prática utilizada após cirurgias contaminadas. Até a década de 40, o processo de ventilação das salas de cirurgia consistia de ventiladores extratores, necessários para retirada do vapor gerado no processo de esterilização de materiais, realizado na própria sala de operação, imediatamente antes ou em paralelo à cirurgia que estava sendo realizada. A pressão positiva em salas de operação foi introduzida no século XX, na década de 40, resultando em uma redução no número de bactérias detectadas no ar, diminuindo, paralelamente, a taxa de sepsia em pós-operatório. Durante a Segunda Grande Guerra (1940-1945), foram desenvolvidos os primeiros filtros absolutos, ou Filtros HEPA (High EfficiencyParticulate Air), por Arthur D. Little. Estes filtros, com eficiência mínima de 99,97% e com retenção de partículas de até 0,3µm, inicialmente, foram desenvolvidos para reter contaminantes