Filosofos
No texto do Leviatã Hobbes cita o homem como sendo um animal artificial, um lobo que, para atingir seus interesses se transforma em predador de homens. É célebre a frase de Hobbes: o homem é o lobo do homem. Assim também é para Maquiavel. Hobbes afirma que o homem se distingue dos outros animais pela razão, e discorda de Aristóteles em relação a afirmação de que o homem é um animal social ou homem político. Hobbes concebe que os homens se unem apenas por interesses. Na forma de comportamento que deve ter um soberano, Maquiavel diz que existe duas formas de combater, pode ser com as leis ou com a força. O primeiro é próprio do homem , o segundo dos animais. Não sendo, porém muitas vezes suficiente o primeiro, convém recorrer ao segundo. Por conseguinte, para um príncipe é mister saber se comportar como homem e como animal. Isto ensinaram veladamente os autores da antiguidade.
Hobbes diz que o soberano deve proporcionar aos súditos a segurança, para que um estado seja instituído, como a segurança de seus súditos fosse o mantenedor de do soberano no poder. Esta idéia esta em conformidade com Maquiavel, quando ele diz que jamais aconteceu que um novo príncipe desarmasse seus súditos. Ao contrario, quando os encontrou desarmados, sempre os armou. Assim fazendo, tornava sua tal arma, conquistava a fidelidade dos suspeitos e convertia em partidários os que apenas se mostravam submissos. Sendo, porém, impossível armar todos os cidadãos, cumpre-nos favorecer os que amamos, para podermos viver mais tranqüilos em relação aos outros. A diversidade de pensamentos gera a gratidão dos primeiros, sem concomitantemente se malquistar com os outros, que atribuirão essa diversidade ao fato de terem maiores méritos os que mais obrigações tem e maiores perigos correm. Se ao invés, privarmos o cidadão das suas armas, ofendê-los-emos, mostrando que não confiamos neles por os julgarmos ou covardes ou pouco leais isto nos fará incidir-lhes no