filosofias
DIREITO-
Estado de partidos: a solução para a crise de representação política no Brasil
1 INTRODUÇÃO
Como objeto principal deste estudo, a representação político-partidária será analisada a partir de sua construção histórica, de modo a determinar em qual contexto foi concebida e para que finalidade. Com a formação desse arcabouço, será avaliada a situação dos fundamentos desse instituto no Brasil, com suas mazelas e virtudes.
O objetivo principal, então, é dissecar a atuação dos partidos políticos, com vistas a verificar sua real contribuição para a representação política, permitindo questionar a sua forma de participação – como único mediador na formação da vontade estatal –, decorrência de previsão constitucional: o monopólio da representação política.
Algumas teses foram estudadas e citadas no texto, demonstrando as várias possibilidades que vêm sendo apresentadas para solucionar o problema da participação do povo na formação da vontade estatal. Por essa razão, no começo do estudo, verificou-se como hipótese primária a necessidade de oferecer alternativas ao monopólio da representação política. A conclusão atingida, entretanto, constante da parte final do trabalho, demonstra a necessidade de tão-somente aperfeiçoar-se o modelo existente, que, não obstante outras possibilidades, parece ser o melhor para o contexto político vivido pelo Brasil.
O método da pesquisa é o dedutivo. Tendo em vista a profundidade do tema, muitas questões não essenciais à consecução dos objetivos previstos – embora muito interessantes para estabelecer uma maior visão da problemática apresentada – foram relegadas a segundo plano, sendo somente citadas.
No primeiro capítulo do trabalho, será necessária uma avaliação do fenômeno em que se constituíram os partidos políticos, de modo a determinar qual a função para que foram criados e o motivo pelo qual tiveram tão rápido desenvolvimento.
Na seqüência, à análise da representação política