Filosofias educacionais
No processo histórico dos surdos no Brasil, mantendo o olhar pelo aspecto educacional, um ponto importantíssimo para compreendermos melhor a educação de surdos é a evolução das Filosofias Educacionais. Que são: Oralismo, Comunicação Total, e Bilinguismo.
Oralismo é a filosofia educacional que só se preocupa com o ensino da língua oral através de vários métodos. Tais como: verbo tonal, leitura labial e outros. No Brasil, as pessoas que seguem a filosofia oralista, só ensinam a língua portuguesa e geralmente não aceitam a Língua de Sinais.
O oralismo visa a integração da criança surda na comunidade ouvinte, observando a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Assim, esta corrente educacional prioriza desenvolver uma personalidade ouvinte em uma pessoa surda em direção à “normalidade” e “não-surdez”. A crença de que a língua oral é a única forma desejável de comunicação é predominante para os educadores que se baseiam nesta filosofia. Para o oralismo, a criança surda deve, então, se submeter a um processo de reabilitação que inicia com a estimulação auditiva precoce, ou seja, que consiste em aproveitar os resíduos auditivos que quase a totalidade dos surdos possuem e possibilitá-las a discriminar os sons que ouvem [...] deve chegar à compreensão da fala dos outros e por último começar a oralizar. Este processo, que deve ser iniciado ainda no primeiro ano de vida, dura em torno de 8 a 12 anos, dependendo das características individuais da criança.
Os surdos que conseguem dominar as regras da língua oficial, no caso brasileiro, a língua portuguesa, e conseguem falar – oralizar – são considerados bem-sucedidos e aptos como membros da comunidade ouvinte. Porém, a história da educação surda nos mostra que as crianças geralmente não têm acesso a uma educação especializada e que a língua oral não dá conta de todas as necessidades e especificidades da comunidade surda.
Comunicação Total é a filosofia que procura