Filosofia
1. Se tudo é causado, então ninguém age livremente.
2. Tudo é causado.
Logo
3. Ninguém age livremente.
A palavra «Logo» por cima da afirmação 3 indica que o que se encontra abaixo é a conclusão que se segue das afirmações acima. As afirmações 1 e 2 são razões dadas para concluir 3, e a essas afirmações chama-se premissas. Assim, todo o argumento consiste numa conclusão e numa ou mais premissas de que a conclusão se segue.
Solidez e validade
Em geral, há dois géneros de argumentos, indutivos e dedutivos. Examinaremos os argumentos indutivos mais tarde, mas primeiro concentrar-nos-emos nos argumentos dedutivos, de que apresentámos agora mesmo um exemplo. Diz-se que um argumento dedutivo é sólido quando as premissas do argumento são verdadeiras e o argumento é válido. Dizer que um argumento é válido é equivalente a dizer que é logicamente impossível que as premissas do argumento sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Uma forma menos precisa mas intuitivamente clara de pôr o assunto é dizer que, num argumento válido, se as premissas são verdadeiras, então a conclusão tem de ser verdadeira. Por esta definição, é fácil ver que o argumento anterior é válido, e, se as premissas são verdadeiras, então tem de ser igualmente sólido. Porque se as premissas
1. Se tudo é causado, então ninguém age livremente. e 2. Tudo é causado. são ambas verdadeiras, então tem também de ser verdade que
3. Ninguém age livremente.
Por razões meramente lógicas, é impossível que as premissas 1 e 2 sejam ambas verdadeiras e a conclusão 3 seja falsa. É