Filosofia

Instituto Federal da Bahia
Disciplina: Filosofia
Docente: Saulo Dourado
Discente: Micaela Borges
Turma: 8833

Carta à Stephen Hawking

Sr. Stephen

Eu fico aqui pensando: Será que eu conseguiria ou aceitaria viver da mesma forma que você? Pois bem, desculpe a minha falta de jeito por não ter me apresentado logo. Meu nome é Micaela, tenho 18 anos e moro no Brasil. Sou mais uma entre as milhares de pessoas que se fascinaram com a sua história. De início, é bem provável que muitos se espantem com a sua trajetória de vida. Como é possível continuar vivendo sem os movimentos corporais e mesmo com a falta dele prosseguir adiante com pensamentos ilustres, alguns questionáveis e outros inquestionáveis? Já ouvi varias pessoas comentando sobre a "inutilidade humana" quando o corpo do indivíduo chega a um estado de vegetação, mas, depois de acompanhar um pouco da sua historia, mesmo tendo poucos conhecimentos do assunto, pude observar que a mente independe do corpo, não é necessário os movimentos físicos para uma boa utilidade da mesma. Essa independência é no sentido de funcionalidade, pois, para a existência da mente é necessário a existência do ser humano, existência do corpo, da carne. Analisando um pouco mais sua historia, observei também que a existência mental está inteiramente ligada ao pensamento, a existência de um "eu", aquele que é capaz de questionar, duvidar, criar, ou ate mesmo acreditar. Sem a mente, o corpo não seria capaz de produzir tamanhas façanhas, tais como duvidar daquilo que se toma como verdade ou achar a verdade na dúvida. É como se o corpo fome a fonte de transmissão de tudo aquilo que se é pensado na mente. Diante tantos acontecimentos vivenciados por ti, fico me perguntando qual a sua maior e principal motivação para continuar sua trajetória de vida, mesmo sabendo que sua situação sempre tenderia a piorar. O que seria essencial para a continuidade de sua vida? O apoio de sua esposa ou seu reconhecimento diante os mais ilustres