filosofia
Querida Maria Clara,
O mundo segue com suas idas e vindas, ciclicamente repetindo as mesmas estações, tendências, culturas e ações. A vida é um fluxo contínuo de sínteses do que nós somos e do queremos ser, tudo é circular e linear, as mesmas músicas, rotina, roupas, obrigações, pessoas. A natureza em sua magnitude majoritariamente nos proporciona as mesmas sensações regulares, normais e nada de novo acontece, nada se aquece, nada floresce. Quando acordamos, temos consciência do que iremos fazer e de como iremos fazer; acordar, trabalhar, estudar, comer, ver televisão e dormir. Iminentemente, não podemos refutar o fato de sermos pessoas práticas e pragmáticas, conformadas ao que é habitual. Cristalizamos nossas ações e, portanto não compreendemos que somos os protagonistas das nossas histórias, sendo assim, ficamos suscetíveis e passíveis a vida como ela se apresenta, nos tornando reféns do nosso dia- dia. Entretanto, apesar de alguns pressupostos estabelecidos pela pós modernidade, existem alguns subterfúgios em que me apego de forma inexplicável, seguro com todas minhas forças, é considerada por mim, como válvulas de escapes indispensáveis para alcançar a felicidade para além de aspectos materialistas, posso citar as duas principais formas que encontrei para fugir do que é anfêmero; Deus e Maria Clara. Exatamente, duas coisas infalíveis, Deus em sua soberania e por meio da sua graça apresenta todos os dias novas maneiras de enxergar o mundo, sempre mostrando o cristianismo em sua totalidade, ter um caráter integro e uma busca relutante contra o pecado e se apresentar cada vez mais como imagem e semelhança de Jesus, encontrar em Deus novas concepções que me ajuda a conceber o mundo, viver segundo os propósitos de ser diferente de tudo o que o mundo nos propõe, me faz ser uma pessoa mais completa preste a tornar ato o que é potencial. Maria Clara, esse é o motivo principal de estar escrevendo essa carta, uma menina