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A Filosofia Grega: Pré-socráticos, Sofistas, Sócrates e Platão

A Filosofia Grega
A filosofia é grega em sua origem.
Essa consideração que faz sobressaltar um tom imperativo não contraria a constatação de que em outros povos tão antigos quanto os gregos: os chineses, os hindus, os árabes, tenha existido manifestações de sabedoria. É indubitável que outros povos desenvolveram o pensamento e formas de conhecimento da natureza e dos seres humanos.
Contudo, o que entendemos como: aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana; da origem e causas do mundo e de suas transformações; da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento. É um fato tipicamente grego.

Ora, quando se diz que a filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas.

A filosofia nascente terá como características:
-Tendência à racionalidade como critério de explicação de alguma coisa;
-Tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas utilizando como crivo a discussão e a demonstração para atingir uma prova verdadeira;
-Tendência à generalização;
-Recusa de explicações preestabelecidas.
A filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos e as ações humanas podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma. É o momento no qual se descobre que a verdade do mundo e dos humanos não é algo secreto e misterioso, que precisa ser revelado por divindades a alguns escolhidos,