filosofia
“A esta donzela suplicavam todos, e debaixo de rosto humano adoravam a majestade de tão grande deusa; quando de amanhã se levantava, todos ofereciam sacrifícios e manjares, como lhe sacrificavam à deusa Afrodite”
Psiquê, a beleza desmedida
Lucio Apuleio escreveu as “Metamorfoses” ou na tradução corrente “o asno de ouro” e entre suas histórias ele narra uma das mais lindas, o mito de Eros (Culpido) e Psiquê, descreve com detalhes o destino da jovem mortal, cuja imensa beleza transpôs a da própria Afrodite, a Deusa do Amor.
Um rei teve três lindas filhas, de belezas inacreditáveis, sendo a mais jovem a mais impactante, de tão bela os pretendentes apenas a contemplava, sem ter coragem de desposá-la. Deu-se que sua beleza foi cantada como se uma nova Afrodite tivesse nascido, só que agora jovem e ainda mais bela. Os templos da Deusa foram esvaziados, pois a jovem era vista como a nova deusa do amor.
Irritada com tal desfeita, Afrodite saiu do mar e chamou seu filho, Eros, um garoto alado de péssimo costume, corruptor de jovens e provocador de escândalos. A mãe ordena ao filho que procure a jovem que provoca tamanha afronta a ela, que lhe faça se apaixonar pela mais horrenda das criaturas.
O pai casara as duas primeiras filhas, mas temeroso que os deuses o punissem pela última filha manda consultar o Oráculo de Apolo em Mileto. A resposta é fulminante: A jovem deveria ser conduzida ao alto de um rochedo e lá um monstro viria para desposá-la.
Diante da resposta do oráculo, sem delongas, o rei manda que se cumpra o destino da jovem, vesti-a com a manta fúnebre e ordena que lhe levem ao mais alto do rochedo, que o monstro virá buscar sua noiva. Porém, Eros, quando viu Psiquê não consegue cumprir as ordens da mãe, terrivelmente apaixonado pede ao vento Zéfiro que a leve ao seu palácio. O que assim se faz.
Eros e Psiquê –