filosofia

No filme Matrix, o Oráculo pergunta ao personagem principal, se ele observou o que estava escrito sobre a porta de entrada da casa, ao afirmar que não, ele explica “Nosce te ipsum”, em uma língua desaparecida, no latim, que significa “Conhece-te a ti mesmo”. Nós nos conhecemos afinal?

O ser humano “racional” procura se relacionar com pessoas que possuem o mesmo gosto, mesmas ideias, respeita ou despreza as mesmas coisas, possuem hábitos parecidos, e achamos óbvio que da mesma forma que procuramos nos relacionar com seres semelhante, procuramos nos distanciar de serem os quais discordamos ou entramos em conflitos, e isso de acordo com as normas, valores morais, religiosos, de condutas já pré-estabelecidas.

Acreditamos que não precisamos questionar as coisas ou ideais obvias que já estão tão enraizadas na nossa mente, acreditamos que existe apenas uma realidade e que ela deve ser vista de forma igual a todos, mesmo que não gostemos das mesmas coisas. Somos escravos dessas crenças e a utilizamos para nos expressar, para explicar os fatos e a seguimos à risca, pois esta é a realidade e é tão evidentemente certa que não precisamos duvidar dela.

Cremos na existência da vontade e liberdade, na existência do bem ou do mal, na existência da moral e da religião, cremos que naturalmente precisamos viver com seus semelhantes e que o diferente não é aceitável, cremos na liberdade mas somos dominados pelas regras da sociedade.

O que acontece por exemplo quando temos vontade de fazer algo que a sociedade condena? Ou quando acreditamos que fazer algo é mal e injusto e a sociedade impõe ser certo? Nesses momentos nos deparamos com conflitos entre o que a nossa liberdade deseja e o que a sociedade determina.

Acreditamos também que o tempo não depende de nós, e são medidos através do relógio ou cronômetro, mas e quando ele é alterado e pode passar mais demorado ou mais rápido dependendo, não do relógio, mas na nossa condição de estado, como a espera do encontro com