Filosofia

A CONCEPÇÃO DO SER HUMANO SEGUNDO O LOGOS GREGO.
A concepção filosófica do ser humano, formada pela cultura clássica proporciona uma figura do ser humano com dois traços essenciais: O ser humano com animal que fala e raciocina denominado zôon logikón e zôon politikós que é o animal político. Essas duas características têm conexão no logos, período em que adentra em relação consensual com seu semelhante e é apto de estabelecer comunidade política. O ser humano logikón e o ser humano politikón revelam-se em atividades de contemplação e atividades do agir moral e político. A consonância da theoria e da praxis acende um dos enigmas principais que a concepção clássica do ser humano sugere resolver.
Na linha teológica ou religiosa, traça-se uma separação e aversão entre o mundo dos deuses e o mundo dos mortais. Deuses são eternos e benditos. Homens são passageiros, corruptíveis e deprimidos. Na linha da cosmologia, o ser humano aprecia a ordem do mundo e o contempla. Já na linha antropológica, a espécie humana apresenta-se nos experimentos humanos essenciais e a relação do ser humano com os deuses, ou seja, a aversão dentre o apolíneo e o dionisíaco, simulado na Tragédia.
A alma é a entidade apartada do corpo e nele reencarnando-se em contínuas vivências – metersomatôse – aspecto religioso no Orfismo. A vida social e política são marcadas pela idéia de excelência e virtude. A areté passa a ser ligamento de justiça e depois se junta ao ethos laborioso - trabalho duro nos campos - como areté.
O que caracteriza a imagem do ser humano na cultura grega antiga encontra um ponto de intersecção que converge no tema do destino que se distingui em dois tipos de pensamento numa passagem da visão antiga do ser humano para a visão clássica: a antiga - desamparo do ser humano e o orgulho - e a clássica - o moralismo, do poder de escolha -.
A concepção do ser humano na filosofia pré-socrática apontada por Diógenes de Apolônia - autor representativo do pensamento antropológico-,