Filosofia
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TAYLOR E O PROGRESSIVISMO
NORTE-AMERICANO OU COMO UM ENGENHEIRO
SE TORNOU PAI DA ADMINISTRAÇÃO
Dayse Mendes
Mestre em Administração pela CEPPA/UFPR,
Professora das Faculdades Integradas Curitiba
1 INTRODUÇÃO
Aquele que estuda teorias organizacionais não tem como esquivar-se do engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor.
Festejado por todos como o Pai da Administração, odiado por uns, amado por outros, Taylor (assim como sua gestão científica) é expoente do desenvolvimento administrativo. Muitas obras tratam do taylorismo, seja examinando os princípios propostos por Taylor, seja tentando esmiuçar a vida particular dele. Entretanto, para entender o taylorismo também se faz necessário conhecer o período em que
Taylor viveu e desenvolveu sua obra. O contexto histórico está presente na explicação do início da Administração naquele momento e daquela forma. Descrever esse contexto e sua relação com o surgimento da Administração como ciência são os objetivos principais deste artigo.
De fato, pode parecer inusitado que o primeiro teórico da
Administração seja um engenheiro, mas numa época em que civilização significava tecnologia e realização científica, em que o progresso era esperança de renovação e de melhoria, em que o funcionamento da sociedade era comparado ao funcionamento das máquinas, nada mais natural do que um engenheiro para investigar
“cientificamente” a “máquina” organizacional. Taylor era o homem certo para o momento exato. Afinal, com o advento da Revolução
Industrial e da produção em massa, começa a necessidade de se ter administração nas organizações, em detrimento do empirismo de então.
Analisar o desenvolvimento da administração científica à luz de seu contexto histórico justifica-se na medida em que, conforme
Tragtenberg (1971, p. 21), pode-se afirmar que “as teorias administrativas são dinâmicas, mudam com a transição das formações
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